Vítima de um acidente de automóvel em Marmeleiro (PR), após um show,
Gonzaguinha
partia há exatamente 30 anos, nos legando uma obra que alia canções de protesto, de teor político-social, com um repertório de apelo romântico que fez do artista carioca um sucesso de massa!
Filho do Rei do Baião,
Luiz Gonzaga
e da cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos,
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior
perdeu a mãe aos 02 anos por conta de uma tuberculose, o que fez com que o pai o enviasse para ser criado pelos padrinhos Henrique Xavier (que o ensinou o violão) e Leopoldina de Castro Xavier, moradores do Morro de São Carlos!
Gonzaguinha lançou-se cantor e compositor em 1968, quando cursava Economia - na ocasião, buscaria o sucesso em festivais universitários; sendo um dos integrantes de um grupo de jovens compositores cariocas, do qual surgiu o MAU (Movimento Artístico Universitário), em que também figuravam
Ivan Lins
e o saudoso Aldir Blanc!
O auge de sua carreira compreenderia o período de 1973-1985, em que compôs clássicos da MPB, como ''Começaria tudo outra vez'', ''É'', ''Grito de alerta'', ''Não dá mais pra segurar'', ''O que é, o que é?'', ''E vamos à luta'', dentre tantos outros!
Magro, carrancudo e dono de um mau humor folclórico na Música Popular Brasileira, em 1980 Gonzaguinha aproxima do pai
Luiz Gonzaga - O Rei do Baião
, que, mesmo discordando ideologicamente das canções, já havia endossado a obra do filho gravando “Pobreza por Pobreza”, “Diz que vai virar”, “Erva rasteira” e ainda “Festa”, no disco Canaã (1968)!
Pai e filho estreitam o relacionamento percorrendo o Brasil com a turnê 'A vida do viajante', que posteriormente daria origem a um disco da dupla - em 2012, a história dos artistas ganha adaptação cinematográfica do diretor Breno Silveira, no filme
Gonzaga - De pai para filho
!
De forma lenta e gradual, sua obra acompanha a abertura do cenário político - sem abandonar a postura crítica, o compositor torna-se mais otimista, com a amargura de outros tempos dando lugar à esperança e à alegria!