No dia 30 de novembro de 1980 partia no
Rio de Janeiro
, um dos maiores gênios de nossa rica e diversificada Música Popular: Angenor de Oliveira, o divino mestre,
Cartola
!
Sem sombra de dúvidas, a música de Cartola é a mais pura elegância, a excelência em matéria de cultura popular brasileira!
Cartola era um verdadeiro Poeta – afinal, quem fez versos como “as rosas não falam/ simplesmente as rosas exalam o perfume/ que roubam de ti”, realmente é um poeta, com P maiúsculo!
Aos 15 anos começou a trabalhar como servente de pedreiro, e para que o cimento não caísse em seu cabelo começou a usar um chapéu coco - surgiu daí o apelido que o imortalizou, Cartola!
Antes da tardia fama, o ‘Poeta do Morro’ foi, além de um humilde pedreiro, um lavador de carro, depois contínuo do gabinete do Ministério da Indústria — sempre com a tal elegância de um mestre-sala!
Em 1928, foi um dos fundadores da Mangueira, escola de samba que desfilaria pela primeira vez no ano seguinte!
Foi Cartola quem a nomeou como
Escola De Samba Estaçao Primeira De Mangueira
: "Eu resolvi chamar de Estação Primeira porque era a primeira estação de trem, a partir da Central do Brasil, onde havia samba"!
Dentre suas obras-primas destacamos ‘O Mundo é um Moinho’, ‘As Rosas não Falam’, ‘Cordas de Aço’, ‘Aconteceu’, ‘Peito Vazio’ (c/
Elton Medeiros
), ‘Alvorada’ (c/
Carlos Cachaça
e
Hermínio Belo de Carvalho
) e ‘Tive, Sim’!
Com sua nobre arte, Cartola transcendeu a vida, ganhando assim, a eternidade!
A benção, mestre Cartola!